Quando se fala em dieta e emagrecimento a primeira coisa que todo mundo pensa em retirar da alimentação é o açúcar. Aquele cafezinho com açúcar passa a ser tomado com adoçante e muitos buscam alternativas menos calóricas e mais saudáveis que o açúcar para incluir em receitas e das refeições do dia a dia.

Nessa hora muitas dúvidas surgem. A quantidade de informações sobre adoçantes na internet é infinita e controversa. Há quem alegue que adoçante faz mal para a saúde e quem diga que não há problema se consumido com moderação.

O que são adoçantes?

Os adoçantes são os principais substitutos do açúcar para quem quer emagrecer e também para diabéticos já que devem controlar o consumo de açúcar. Existem os adoçantes naturais e os artificiais.
Mas desde o início diversas dúvidas surgiram sobre a segurança do uso de adoçantes. Até hoje muito se questiona: será que adoçante faz mal para a saúde?

Antes de falar sobre isso, você precisa saber que existem vários tipos de adoçantes e cada um tem suas próprias características, recomendação máxima de consumo e por isso não dá para generalizar e colocar todos no mesmo saco.

Lista de adoçantes:

1. Sacarina Sódica: É um dos adoçantes mais antigos que existem. Foi descoberta em 1879. A sacarina está aprovada para utilização tanto em produtos industrializados e como adoçante de uso culinário. Ela pode ser aquecida e utilizada também em preparações assadas.
2. Ciclamato de sódio: Também antigo, foi um dos primeiros adoçantes descobertos. É o mais polêmico e já teve seu uso proibido nos EUA por suspeita de causar câncer de bexiga. Contudo diversos estudos foram realizados e não houve comprovação de que o ciclamato causasse câncer. Os estudos atuais mostram que o seu consumo é seguro. Também pode ser aquecido e utilizado em receitas assadas.
3. Aspartame: É um dos adoçantes mais populares e mais consumido. Aqui vale chamar atenção: O Aspartame não pode ser aquecido. Ou seja, não é indicado para preparação de receitas que são feitas no forno ou fogão pois ele perde as suas propriedades adoçantes.
4. Acessulfame – K: Geralmente aparece nos rótulos dos alimentos como: Acessulfame K, Acessulfame de potássio ou Ace-K. Em 2003 foi aprovado como adoçante de uso geral e intensificador de sabor em alimentos. Pode ser utilizado como substituto do açúcar em produtos assados ou seja, pode ser aquecido.
5. Sucralose: Além de adoçante de mesa, ela geralmente está presentem em alimentos como: produtos de padaria, bebidas, chicletes, gelatinas e sobremesas congeladas à base de leite. Pode ser aquecida. Diferente dos já mencionados, a sucralose é um adoçante sem gosto de remédio ou aquele residual amargo depois de consumir. Ela é derivada da cana-de-açúcar e modificado em laboratório para que não tenha calorias. Atualmente é um dos mais consumidos.
6. Stévia: É considerada um adoçante natural pois é derivada da planta Stevia Rebaudiana, encontrada em alguns lugares da América do Sul. É um adoçante mais recente e pode ser utilizado como adoçante de uso geral e também em receitas quentes e assadas. Um dos pontos fracos da Stévia é o sabor amargo e por isso muitas pessoas acabam não conseguindo consumir.
7. Xilitol, Eritritol: Adoçante natural encontrado nas fibras de alguns vegetais. Eles têm menor índice glicêmico do que o açúcar, mas contém calorias (poucas). São do grupo dos polióis, que é um tipo de álcool. Os mais conhecidos são xilitol e eritritol, mas existem também o maltitol e a taumatina. Apesar de não terem uma recomendação quantidade máxima ingerida, deve-se ter moderação no consumo, pois para algumas pessoas eles podem causar flatulência e diarreia. Pode ser utilizado em receitas quentes e assadas. Estes também não possuem aquele sabor desagradável e tem um sabor até próximo do açúcar. O ponto fraco dele é o custo, geralmente bem mais alto do que as outras opções e também o fato de adoçar menos do que o açúcar, o que te faz usar uma quantidade maior de produto.

Adoçante faz mal para a saúde?

Sempre existiu muita dúvida principalmente em relação ao consumo de adoçantes com desenvolvimento de câncer. Isso surgiu com os primeiros estudos sobre o ciclamato e o aspartame, onde o consumo dos adoçantes parecia ter uma relação com o desenvolvimento da doença. Você já deve ter ouvido também que adoçante faz mal para o fígado, mas também não há nenhum estudo cientifico que confirme essa hipótese.

Contudo, os adoçantes em geral são substâncias que sempre foram muito estudas e testadas. Muitas pessoas acreditam que os adoçantes mais antigos como o ciclamato, sacarina e o aspartame fazem mal para a saúde e que o mais atuais e naturais como a Stévia são melhores. Mas se pararmos para analisar, os adoçantes mais antigos, estão a mais tempo no mercado e vem provando a segurança para consumo ao longo do tempo. Eles foram muito mais testados do que os atuais justamente por serem mais antigos.

A relação do consumo de adoçantes com câncer é antiga e surgiu com testes realizados em ratos onde foi relacionado o uso do ciclamato com câncer de bexiga nos animaizinhos. Com essa suspeita, foram realizadas inúmeras pesquisas a fim de esclarecer se realmente havia relação do uso de adoçantes com câncer. Há inúmeros estudos mostrando que o ciclamato não causa câncer e seu uso é seguro.

Inclusive, a maioria dos estudos sempre utiliza quantidade de adoçante incrivelmente acima do uso comum das pessoas e mesmo assim não houve comprovação do seu consumo com o desenvolvimento de câncer em experimentos animais. Muitos estudos com humanos também comprovam o fato de que os adoçantes em geral são seguros para consumo, inclusive o ciclamato, aspartame e a sacarina sódica.

Atualmente não há estudos que comprovem que algum adoçante faz mal para a saúde. O que temos são apenas mitos em torno de estudos iniciais de muitos anos atrás que correm até hoje.

Existe inclusive, uma recomendação máxima diária de cada adoçante que você pode conferir na tabela abaixo:

Adoçantes baratos

Pesquisando rapidamente na internet é possível encontrar adoçantes dos mais variados preços. Os adoçantes mais baratos custam cerca de R$ 3,79 e os mais caros cerca de R$ 18. Tudo depende de qual adoçante se trata.

Os adoçantes a base de sacarina, ciclamato e aspartame em geral são os mais baratos. Os mais caros são os de stévia, xilitol e eritritol. Claro que o preço varia de região para região e entre os estabelecimentos. Mas é só para que você tenha a ideia de como os preços são variados e que você pode adequar ao seu bolso.

Qual é a melhor opção de adoçante?

Todos os adoçantes são seguros se consumidos dentro da quantidade recomendada. Por isso a melhor opção de adoçante será aquela que mais lhe agradar no quesito preço e sabor.

Se considerarmos somente o preço, você precisa analisar o quanto está disposto a gastar na hora de comprar o adoçante. Como vimos alguns são mais caros e outros cabem em praticamente qualquer bolso.

Quando o quesito é sabor, a análise se torna bem pessoal. Algumas pessoas toleram bem o sabor amargo da stévia ou o “gosto de remédio” do aspartame, da sacarina e do ciclamato. Os polióis tendem a adoçar menos e por isso você talvez precise usar uma quantidade maior para adoçar. Já a sucralose não tem gosto residual.

Agora, se o objetivo for para fazer receitas como bolos, tortas, sobremesas, você precisa escolher aqueles adoçantes que podem ser aquecidos, dando preferência para aqueles que vem escrito no rótulo que são de uso culinário (ou forno e fogão).

Minha opinião: Analisando a relação custo x benefício acredito que entre todos os adoçantes, a sucralose sai na frente. E isso é uma análise minha, puramente pessoal. A sucralose pode ser aquecida, não tem gosto ruim, o preço é bem acessível e por isso serve para diversas finalidades.

Resumindo

Como você pode ver ainda existe muito mito em torno dos adoçantes. Atualmente todos os adoçantes do mercado contam com respaldo cientifico que comprovam que eles são seguros para o consumo. Então espero que tenha ficado claro que adoçante não faz mal para a saúde.

Diante disso, é possível concluir que todos os adoçantes são boas opções, cabendo a você escolher aquele que mais lhe agrada considerando aspectos como sabor, preço e o uso.

Quero enfatizar que o ideal é que se consuma sempre poucas quantidades de adoçante. Não pela sua segurança, mas para que o seu paladar se adapte ao sabor natural dos alimentos.

No início é mais interessante diminuir o consumo de açúcar e substituir uma parte dele por adoçante quando o objetivo é emagrecimento e controle glicêmico no caso dos diabéticos. Mas o ideal é que você dependa cada vez menos desse paladar doce para que você se acostume com os sabores naturais dos alimentos e tenha cada fez menos essa necessidade do sabor doce. 

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